Numa jornada marcada pelo regresso do capitão Eichmann à formação SABiana, as àguias da tapada alcançam goleada histórica
Após a boa réplica dos Amigos na última jornada, em que conseguiram equilibrar a partida, acabando por perder pela margem mínima e colocando um ponto final numa longa série de resultados bastante desnivelados, aguardava-se com natural expectativa o desfecho deste desafio.
Debaixo de um sol escaldante o SAB haveria, no entanto, de confirmar o bom momento de forma que atravessa, aplicando uma goleada histórica.
A partida iniciou-se no figurino 4x4 devido à ausência do número de atletas que permitissem o clássico 5x5, situação que viria a alterar-se com a chegada do 10º jogador.
Jogaram pelo SAB
Andre (Maradona)
Fidel (Guardiola)
Eichmann (Kaiser) – Jogou pelos amigos desde a chegada de Paneira até à entrada em Jogo de Bago (overmars)
Zé (Gerrard)
Paneira (Sócrates)
Pelos Amigos alinharam
Khai Huma
Gil
Bago (Overmars)
Bolinhas
Mora
Ironicamente foram os amigos que primeiro se colocaram em vantagem, após uma jogada que aproveitou da melhor forma uma desatenção da defesa encarnada.
Quiçá espicaçado pelo facto de se encontrar em desvantagem o SAB rapidamente demonstrou porque tem dominado de forma categórica os últimos embates com a formação dos amigos, assumindo as despesas do jogo, com maior posse de bola e ensaiando diversas jogadas ao primeiro toque, com combinações e triangulações sucessivas que foram encostando às cordas a equipa adversária. As oportunidades de golo foram-se sucedendo e rapidamente deram o empate às águias de Agronomia. Sem tirar o pé do acelerador os encarnados construíram diversas jogadas de ataque que depressa permitiram chegar à liderança no marcador.
Com os níveis de confiança em alta o SAB continuou a apresentar maior caudal ofensivo, fazendo sucessivamente balançar as redes da baliza adversária até atingir a goleada. A superioridade encarnada foi-se materializando em golos a uma velocidade estonteante. A dada altura deixou-se mesmo de contabilizar os golos marcados tal era o desnível no resultado.
A equipa dos amigos raramente conseguir levar perigo às redes do SAB e as suas iniciativas atacantes quase sempre foram anuladas pela sólida defesa das águias da tapada.
Já no figurino 5x5 e contando com o regresso do palanca germânico Eichmann, a melhor organização do SAB voltou a marcar pontos. Controlando o jogo a seu belo prazer, o SAB baixou as linhas e deu a iniciativa de jogo à equipa adversária o que permitiu aplicar o seu estilo de jogo de eleição, lançando espectaculares jogadas de contra ataque de fino recorte, que permitiram aumentar a vantagem para números a roçar o obsceno.
O desnorte assolou a equipa dos amigos que pura e simplesmente se esqueceu de defender e passou a jogar de forma desligada com os jogadores muito afastados, facilitando a acção do SAB, que só por azar e graças à acção do guarda-redes amigo não aumentou ainda mais a vantagem.
O ataque dos amigos resultou quase sempre de iniciativas individuais que facilmente eram anuladas pela boa organização defensiva encarnada, que soube preencher muito bem os espaços não dando qualquer hipótese às pretensões amigas.
O SAB venceu de forma categórica, banalizando a equipa dos amigos e conquistando uma das vitórias mais desniveladas do histórico derby agronómico.
Os jogadores um a um
SAB
André Maradona 8
Sacrificando-se em prol da equipa como é seu apanágio, jogou quase sempre na baliza onde não comprometeu. Teve uma manhã tranquila no que a defesas diz respeito e aventurou-se diversas vezes no ataque. Jogou e fez jogar. É claramente o jogador tecnicamente mais evoluído do SAB. Lançou diversos raids atacantes e fez diversas assistências para golo. Não exagerou nas iniciativas individuais e entregou a bola aos companheiros sempre em boas condições. Boa exibição.
Paneira Sócrates 8
Muito sólido a defender foi um gigante a interceptar as jogadas atacantes adversárias. Desta vez rematou menos que o habitual, muito por culpa da sua maior participação na primeira fase da construção ofensiva da equipa, que o obrigou a jogar mais longe da baliza. Um dos esteios da equipa.
Fidel Guardiola 7,5
Face à ausência de uma referência no ataque partilhou com Zé Diogo as despesas ofensivas no último terço do terreno e não se deu nada mal. Conduziu por diversas vezes o esférico com perigo até à área adversária, entregando-o em boas condições e integrando-se muito bem na manobra ofensiva da equipa. Foi sempre o primeiro a pressionar o adversário em zonas muito adiantadas do terreno, o que lhe retirou frescura física e clarividência para ajudar a equipa nas acções defensivas perto da grande área. Boa exibição. Tem no entanto de melhorar os índices de concentração, especialmente a defender e arriscar mais na hora de rematar à baliza.
Zé Diogo Gerrard 8
Pouco evoluído tecnicamente, acabou por compensar com disponibilidade física que permitiu dar equilíbrio à equipa nas manobras defensivas e desequilibrar nos lances de ataque e no contra golpe.
Rigoroso e acertado nas marcações defensivas, esteve praticamente intransponível e soube ler bem quase todos os lances de ataque dos amigos.
Face à ausência de Totti, participou activamente no ataque e foi muitas vezes o homem mais adiantado, lutando entre os defesas contrários, abrindo espaços para os companheiros e criando linhas de passe. Apareceu várias vezes na cara do golo e deu a melhor sequência a diversos lances de ataque. Esteve, no entanto algo perdulário em diversas situações em que era só encostar e evidenciou alguma desconcentração quando apenas tinha o guarda redes adversário pela frente.
Eichmann Kaiser 8
Bem podem festejar os adeptos SABianos o regresso do panzer alemão. A prolongada ausência não interferiu no seu rendimento e mostrou que continua a ser um jogador de equipa, solidário, que joga e faz jogar e que imprime segurança, como uma garra e entrega inexcedíveis.
Como é seu apanágio jogou sempre simples, não complicou, jogando ao primeiro toque, triangulando muito bem com os colegas, abrindo espaços e linhas de passe. Foi sempre muito lesto nas transições defensivas e cobriu muito bem os espaços. Um dos principais responsáveis pela segurança evidenciada pela Equipa.
Amigos
Gil 6
O melhor do lado dos amigos. Quase sempre obrigado a desempenhar tarefas defensivas, foi o principal responsável pelo facto de a derrota da sua equipa não ter tomado outras proporções, negando por diversas vezes, entre postes, o golo à equipa adversária com intervenções valorosas. Não se deu por ele quando participou no ataque.
Bolinhas 4,5
Provavelmente o mais inconformado dos jogadores amigos. Partiram dos seus pés quase todas as jogadas de ataque. Desapoiados pelos companheiros, foi muito individualista e quase sempre inofensivo para a defesa SABiana.
Bago Overmars 4
Quando entrou em jogo já a Equipa SABiana estava a jogar com o bloco baixo, o que impediu que explorasse o espaço nas costas da defesa como mais gosta de fazer. Anulado no ataque.
Também não esteve bem a defender, concedendo muitos espaços e foi bastante relutante a defender perto da sua grande área.
Mora 4,5
Exibição esforçada. Foi dos poucos que se preocupou em defender na equipa dos amigos. Muito desapoiado pelos companheiros. Pouco clarividente a sair a jogar. Falhou muitos passes.
Khai Huma 4
Foi a referência do ataque. Sofrendo uma marcação muito apertada quase nunca conseguiu tabelar com os companheiros ou rodar para alvejar as redes adversárias.
Para a semana há mais. Confirmem a vossa presença nos comentários. Obrigado.
5 comments:
Fónix... já são esmagados todos os domingos, e ainda são mais massacrados nestas crónicas brutais. Estas palavras são uma goleada ainda maior. Expressões como "alcançam goleada histórica", "águias de Agronomia", "fazendo sucessivamente balançar as redes da baliza adversária até atingir a goleada", "que permitiram aumentar a vantagem para números a roçar o obsceno" e "banalizando a equipa dos amigos", ficarão na minha memória para sempre.
Infelizmente, não vou poder tomar parte da pasta de fígado de pato que ocorrerá (com certeza) na próxima semana. As obrigações laborais impedir-me-ão, injustamente, de me apresentar naquele campo, que mais parece um de concentração tipo Auschwitz.
Desejo sorte (se é que precisam) aos meus companheiros SABianos. E deixo antecipadamente os meus pêsames aos impotentemente barbarizados amigos.
este post,é um verdadeiro very-light de luz vermelha.
vai incendiar muita coisa
eheh
EU posso ir no Domingo !!
Está uma boa ficção, agora a ver se o que escrevem aqui é mais o que se passa na realidade.
Eu sei que gostaariam de jogar como aqui (no blog) está descrito, apenas digo passem do papel para a realidade.
A unica coisa real é mm o resultado, de resto é smp uma boa leitura "de casa de banho" se me faço entender...
O relato não é imparcial, é um facto. Nem era essa a intenção. Afinal estamos no blog do SAB e não noutro qualquer.
Mas de qq forma desafio-te a identificar as "inverdades" do texto se é que elas existem...
Abraço e Até Domingo
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