Teve lugar no sítio do costume (não não é no PingoDoce), o desafio do costume com o resultado do costume: Vitória do SAB.
Foi uma vitória Brilhante, Inquestionável, Sublime, Espect … epá…Normal!
Num fim de manhã escaldante e sem brisa para nos poupar, as duas equipas apresentaram mais que os habituais 5 heróicos jogadores facilitando o desenrolar da partida.
Sem o nosso lendário cronista (mais conhecido pelo trinco de birra fácil, que tanta falta nos fez e que se encontra segundo ele próprio em terras algarvias atrás de RedMilfs, sob o pseudónimo de MiraCamarinha) acabou por recair em mim o relato do desafio.
Resultado
SAB 13 Golaços – Amigos 12 Golecos…zitos…entraram vá!!
Avaliação Global das Equipas
SAB: Equipa unida e guerrilheira. Alternam genica e classe a defender com garra e magia a atacar. Um verdadeiro hino ao futebol. Uma Família.
Amigos: Completamente perdidos em campo, ineficazes e perdulários quando houve ocasião. Tacticamente um desastre como tem vindo a ser apanágio desta equipa. Falta de liderança e de jogo de equipa.
Passo a dissecar pormenorizadamente a acção de cada um dos intervenientes do jogo, de uma forma séria, imparcial, objectiva e coerente.
Equipa do SAB
André (Maradona): Sem o fulgor habitual e sua magia contagiante foi simples nos processos, passes certos, jogo limpo, sem reviengas e remates em banana, até ao momento em que foi atingido de uma forma vil, primitiva, obscena, bruta e grotesca por parte de um adversário. Saiu lesionado com queixas graves no adutor intramuscular maradoineano direito. Após eternos minutos com dores inimagináveis e vendo a equipa adversária se aproximar no marcador, recuperou. Ainda que condicionado, suportando as horríveis dores, retornou ao jogo como peça fundamental e decisiva. Defendeu algumas bombas de Cruyft (Topo), é com cada torpedo…, e após uma tentativa inglória, ofereceu um golo já habitual de ponta a ponta enxovalhando mais uma vez o melhor guarda-redes adversário, convencido que nunca o sofreria.
Paneira (Sócrates): Cada vez mais um jogador importantíssimo na manobra da equipa. Depois de ter sido perdoado, tanto pelos tiffosi bem como os seus companheiros pelo seu comportamento PauloSouziano, preferinod jogar noutra equipa que não o SAB, tem vindo a comparecer aos jogos e a redimir-se com o seu contributo essencial à equipa. Parede intransponível, irritou adversários com cortes já inesperados ao utilizar os seus tentáculos inferiores, quando os pobres coitados já pensavam com que pé rematar à baliza. Mais impressionante ainda foram mesmo as suas incursões atacantes, com 3-4 passes em corrida, ganha balanço para despejar verdadeiras bombas criando sempre perigo ou mesmo golo. Foram inúmeras as vezes que bombardeou os Amigos e fez girar o marcador. Tem sido o novo patrão da defesa garantindo solidez defensiva, presença e selo de classe.
Zé Diogo (Gerrard): Duas palavras – Im Pressionante.
É de facto o jogador mais importante na equipa no momento. Polivalente e Omnipresente. Com ele o SAB joga com 8 jogadores em campo. Numa formação em 3-1, com André à baliza, Zé Diogo e Paneira no Centro, Zé Diogo na esquerda, Zé Diogo e Alberto na direita e Zé Diogo à frente com Rabinhos as coisas tornam-se mais fáceis. È um pulmão inesgotável. Se o SLB tem o Queniano Azul, o SAB tem o Queniano (Seek&Destroy) Branco … e Vermelho. São km e km que percorreu sob um sol abrasador nada misericordioso.
Executa sempre cada lance com o máximo de garra e sempre de uma elegância e correcção, como manda um bom benfiquista.
É um jogador que se dá ao luxo de fazer jogadas memoráveis como recuperar a bola a um adversário quando, em contra-ataque, este se isola, e sendo Zé Diogo o jogador mais atrasado consegue chegar primeiro, e assim que controla a bola faz um passe longo para a frente para … ele próprio que rapidamente foi ajudar no ataque.
Está em todo o lado em cada momento. Foi um lutador com golos decisivos.
Alberto (Panenka): Com os seus 247 anos ao serviço de Agronomia é inesgotável a qualidade do seu futebol. Sempre com um sorriso no bigode e um coração de suor na T-Shirt, limpa adversários da frente e desarma os mais cépticos com os seus pezinhos de veludo. Foi o controlador das velocidades de jogo que passou quase na totalidade pelos seus pés.
Rato na desmarcação, esta jovem promessa isola-se a uma velocidade devagar-devagarinho, iludindo o seu marcador directo, de que está parado. Torna-se sempre no pivot goleador da equipa perante o ar incrédulo dos adversários, soltando sempre a sua tirada do costume após uma golo: “Eh Eh Eh Eh Eh”.
Faz crescer inveja em todos os presentes com metade da sua idade com o seu futebol perfumado e mágico.
Rabinhos (Totti): O Falso Lento, A Maria Amélia Goleadora, O Benny Hill da Ajuda está de volta à sua melhor forma.
Depois de uma ausência prolongada dos maiores palcos da Tapada, regressou com uma vontade imensurável em praticar bom futebol. Ninguém diria que apresentasse um pulmão tão cheio como tem vindo a demonstrar. Recuperou, subiu, desceu, não largou o seu jogador directo na hora de defender.
E como sempre marca muitos golos estranhos e outros de grande qualidade técnica como o que fez domingo passado ao sentar no chão literalmente o keeper adversário. Parece que as férias dos relvados lhe fizeram bem. Está mais levezinho e menos histérico nos seus duelos históricos com Pedro Emanuel.
Bago de Uva (Overmars): Uma verdadeira surpresa. Sempre que come ao pequeno-almoço de domingo, tostinhas com ervas aromáticas de Aljezur é um tremendo jogador. E parece que foi esse o seu primeiro manjar deste domingo. Apesar de chegar à sua hora habitual ainda teve tempo de fazer os seus raids cruzados e passes para o centro da área para os seus companheiros. Encaixando no 5 à Benfica já automatizado e com processos adquiridos não destoou. Foram muitos os desarmes que efectuou e não falhou na sua marcação defensiva.
Ofensivamente foi onde brilhou mais, foi irrequieto e feliz, talvez por envergar a camisola do SAB que desinibe e potencia qualquer um.
Ficou triste, no entanto, no final do jogo questionando inconformado se já tinha acabado a partida e se ninguém aguentava mais 20 minutos.
Temos de descobrir as tais ervas que o gajo toma e o seu segredo.
Moravitch (Gravesen): À imagem de Zé Diogo, Mora é um jogador combativo e lutador. Sacrifica-se pela equipa em detrimento da sua exibição pessoal.
É mais um jogador subaproveitado na sua equipa habitual. No SAB joga e faz jogar com um coração Vermelho vivo. Nota-se o gosto de jogar futebol quando enverga a camisola das barrigas saltitantes. Transforma-se e eclipsa os seus adversários. Depois de uma primeira parte a jogar pelos amigos onde passou ao lado do jogo, apenas aparecendo numa entrada escusada por detrás ao mágico Maradona, deixando o adversário prostrado e arredado do jogo por dezenas de minutos. Voltou na 2ª parte pelo SAB irreconhecível, para muito melhor.
Equipa dos Amigos
Miguel: um autêntico Frango
Pato: fraquinho, fraquinho, fraquinho
Jagunço: uuuuuuuuuuiiii que Panisguento!!!
Gil: ….esteve lá??
Topo: epá uma MERDA!!!
Moravitch: Uma arrochada valente e pouco mais.
Kaiuma: jogador mais irrequieto da equipa mas inconsequente.
POR FAVOR NOS COMENTÀRIOS AVISEM SE PODEMOS CONTAR COM A VOSSA PRESENÇA OU NÃO NO PRÓXIMO DOMINGO
Do Capitão André Moura